sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Tipos de rochas e sua formação

As rochas são arquivos que relatam a história da Terra.
Através da análise de muitas delas e dos fósseis que contêm, é possível descobrir o ser vivo existente naquela altura, em dada região, as característica da região e do ser vivo, o tipo de alimentação, o clima em que vivia, o solo...
Existem 3 tipos de rocha:


Rocha magmática- Forma-se através da solidificação (arrefecimento do magma), quer em profundida, quer à superfície.
O magma resulta da fusão de rochas, e por ser menos denso do que as rochas que o rodeiam, tem tendência a subir. Quando está a chegar à superfície solidifica, originando as rochas magmáticas.
Se o magma consolida em profundida, origina rochas plutónicas ou intrusivas (exemplo: granito), mas se solidifica à superfície origina rochas vulcânicas ou extrusivas (exemplo: basalto).
As rochas plutónicas, formam-se através de um arrefecimento lento, que causa a formação de cristais, que se observam facilmente; enquanto que nas rochas vulcânicas, o arrefecimento rápido faz com que não se notem cristais a olho nu.

Rocha metamórfica- Algumas rochas são transportadas para zonas com condições diferentes. Se aprofundam na crosta, ficam sujeitas a temperaturas e pressões muito elevados e são envolvidas por elementos diferentes. Sendo assim, elas vão-se transformando. Formam novos minerais, muitos deles sofrem outro tipo de organização, mudam a sua forma... A isto dá-se o nome de metamorfismo, o processo pelo qual estas rochas são transformadas em rochas metamórficas.
Os factores de metamorfismo são o calor, as tensões, os fluidos de circulação e o tempo.
Existem dois tipos de metamorfismo:

  1. Metamorfismo regional- Ocorre em regiões onde as rochas ficam submetidas a tensões e a temperaturas elevadas. As rochas sofrem grandes alterações mineralógicas e textuais. Alguns exemplos são o gnaisse e o micaxisto. Devido às tensões, as rochas orientam os seus planos definindo foliações.
  2. Metamorfismo de contacto- quando a rocha sofre de uma intrusão magmática e altas temperaturas. O calcário, em contacto com o magma pode recristalizar e formar o mármore.

Rocha sedimentar- Estas rochas formam-se através de outras preexistentes. Quando ocorrem afloramentos, as rochas muitas vezes têm de se habituar a condições diferentes das normais e por isso vão modificando. Na formação das rochas sedimentares ocorrem duas fases principais:

  1. Sedimentogénese- vai desde a elaboração dos materiais constituintes destas rochas até à deposição desses materiais. Às modificações que ocorrem nas rochas, devido a agentes erosivos, como a água, o vento e alguns seres vivos, chama-se meteorização. Após a meteorização, os materiais são levados pela água ou pelo vento. São transportados longas distâncias, a velocidades muito grandes; quanto mais longínquo for o sítio para onde vão parar, mais alterações sofrem pelo caminho. Podem ser partículas ou fragmentos de dimensões variadas, designados de detritos ou clastos, ou podem ser substâncias dissolvidas na água. Por exemplo, se os detritos forem transportados pela água, ao chegarem à foz, a velocidade diminui, o que faz com que eles se depositem, seguindo uma determinada ordem (os mais densos e maiores ficam por baixo). De acordo com a natureza e origem da fracção predominante dos sedimentos, podem considerar-se: rochas sedimentares detríticas (que resultam da sedimentação dos detritos provenientes de outras rochas); rochas sedimentares de origem química (que resultam da sedimentação de cristais que se encontravam dissolvidos na água) e rochas sedimentares biogénicas (que resultam da sedimentação de restos de seres vivos e esqueletos ou conchas). Durante a sedimentação, formam-se várias camadas, normalmente horizontais e paralelas, designadas por estratos, delimitadas por duas superfícies.
  2. Diagénese- Durante a diagénese, os sedimentos são compactados e cimentados, ficando organizados. A compactação deve-se à pressão das camadas superiores. Forma-se assim um cimento que liga os sedimentos. É formada a rocha sedimentar consolidada.

As rochas sedimentares cobrem cerca de 75% da área dos continentes, apresentam estratificação e são frequentemente fossilíferas, conservando muitos vestígios.

Ciclo das rochas

Qualqer rocha, quer sedimentar, quer metamórfica, quer magmática se pode transformar noutra, devido a novas condições a que é imposta. Estão profundamente relacionadas por isso.

As rochas sedimentares são produto de processos externos que caracterizam o domínio sedimentar, como a meteorização, erosão, transporte, sedimentação, compactação e cimentação. Quando se afundam, ficam submetidas a tensões e a calor. Chegando a um certo ponto, as rochas entram no domínio do metamorfismo, começando a transformar-se quimica e textualmente. Quando ocorre uma intrusão magmática ou a temperatura é tão elevada que funde a rocha, entramos no domínio do magmatismo e forma-se então o magma, que ao arrefecer e solidificar origina rochas magmáticas. Depois da formação das rochas magmáticas e metamórficas elas experimentam um afloramento em que sofrem alterações, e a partir delas voltam a ser formadas a rochas sedimentares.

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