segunda-feira, 8 de junho de 2009

Vídeos acerca da regulação hormonal











Hormonas vegetais-Tropismos/Processo de floração

Tropismo
O termo tropismos refere-se às respostas específicas dadas pelas plantas a variações ou estímulos que se produzem por algum factor ambiental. Os tropismos são, na generalidade, respostas das plantas, que consistem em movimentos durante o crescimento de algumas partes, como as raízes, o caule e as folhas. De uma forma geral, caracterizam-se por um aumento da massa da planta, o que faz com que estas respostas sejam irreversíveis e lentas.
Os estímulos que provocam os tropismos podem ser de origem química, física ou contacto.


Fototropismo

Quando o crescimento do vegetal ocorre em direcção à luz, ou fugindo dela.


Trigmotropismo
É a tendência das plantas trepadeiras e das gavinhas, quando se encostam num objecto sólido, em crescerem na sua direcção. Faz com que uma trepadeira tenda a crescer encostada a um muro, ou que as gavinhas tendam a enrolar-se ao redor de um suporte.


Processo de floração

A floração está relacionada com a duração relativa do dia natural e da noite, denominando-se fotoperíodo o número de horas de iluminação diária. Dada a diversidade de resposta das plantas em relação ao fotoperíodo, as plantas foram classificadas em diversos grupos: plantas de dia longo, plantas de dia curto e plantas indiferentes.

Estudos experimentais desenvolvidos na década de 40 do século XX, levaram a concluir que é a duração do período de obscuridade e não a duração do período de luz que normalmente controla a floração. Em consequência, as designações atribuídas às plantas em função do fotoperíodo devem ser: plantas de noite curta e plantas de noite longa.

Pode então dizer-se que nas plantas de noite corta a floração ocorre quando a duração da noite é igual ou maior que o período crítico de obscuridade.

Hormonas vegetais

A morte e o crescimento das plantas acontecem, sobretudo, como resposta ao ambiente envolvente. Ao contrário dos animais, as plantas:

* não se movem do lugar, embora tenham células que se podem mover e sementes que podem ser facilmente transportadas para outros lugares distantes;

* podem crescer durantes períodos consideravelmente longos.

Durante o desenvolvimento de uma planta, a diferenciação dos vários tecidos que constituem os seus órgãos é controlada por hormonas vegetais. A acção destas hormonas e dos factores ambientais, como, por exemplo, a luz, a temperatura e a humidade, é determinante no crescimento das plantas.

Acção hormonal nas plantas

As hormonas vegetais ou fito-hormonas apresentam duas diferenças fundamentais relativamente às hormonas animais:

* As hormonas animais são produzidas em glândulas, enquanto que, nas plantas, as hormonas são produzidas por células não especializadas, que se encontram dispersas.

* As hormonas animais exercem uma acção específica, enquanto que a acção das hormonas vegetais é menos específica, devido às interacções hormonais, ou seja, a acção de uma hormona vegetal, quando isolada, é uma, no entanto, quando na presença de outras hormonas vegetais, a acção é outra, podendo mesmo ser contrária à anterior.

Atendendo à acção que produzem, existem cinco grupos de hormonas vegetais, das quais vamos considerar os seguintes tipos:

Auxinas
Função: Crescimento do caule e das raízes, promoção dos processos de divisão celular, inibição da queda de folhas e de frutos.
Local de produção: botões terminais do caule

Citocininas
Função: Promoção dos processos de divisão celular, promoção do desenvolvimento dos cloroplastos, prolongamento da vida das folhas, das flores e dos frutos.
Local de produção: Zona apical da raiz e frutos imaturos.

Giberelinas
Função: Promoção do alongamento do caule e germinação de sementes.
Local de produção: Zonas apicais da raiz e do caule, folhas jovens e sementes.

Etileno
Função: Controla a queda das folhas, dos frutos e das flores; estimula o amadurecimento dos frutos.
Local de produção: Zonas apicais da raiz e do caule, zonas de inserção das folhas nos caules, frutos.

Ácido abcísico
Função: Controla o fecho dos estomas, inibe a germinação das sementes, estimula a formação de raízes.
Local de produção: Folhas, frutos e sementes.

Mecanismos homeostáticos

Homeostase é a propriedade de um sistema aberto, seres vivos especialmente, de regular o seu ambiente interno de modo a manter uma condição estável, mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de regulação interrelacionados.

Alguns exemplos de mecanismos:

-> Termorregulação

Termorregulação é um termo que, em biologia, se refere ao conjunto de sistemas de regulação da temperatura corporal de alguns seres vivos (em especial, dos mamíferos e das aves). Esta regulação é exercida graças à coordenação entre a produção (termogénese) e libertação (termodispersão) do calor orgânico interno.
A termorregulação é, deste modo, um mecanismo de homeostasia, já que na presença de grandes oscilações térmicas externas, possibilita a manutenção da temperatura corporal dentro de fronteiras definidas.

Existem alguns tipos de termorregulação:

Fisiológica
Verifica-se nos seres endotérmicos (regulação interna da temperatura) ou homeotérmicos (temperaturas pouco variadas), como o Homem. O organismo tem a capacidade de regular a temperatura interna através de mensagens nervosas. Homeotérmicos – Animais que podem manter a temperatura do corpo constante, mesmo com a variação da temperatura ambiente. São as aves e os mamíferos.

Comportamental
Verifica-se nos seres exotérmicos (regulação da temperatura consoante o meio externo) ou seres poiquilotérmicos (grandes variações de temperatura), como a generalidade dos lagartos. O organismo não tem a capacidade de regular a temperatura interna, sendo que esta é regulada através de factores externos e comportamentais. O animal, com baixa temperatura corporal, procura assim deslocar-se para locais de maior temperatura externa. No que diz respeito aos comportamentos que favorecem a homeoterapia, pode citar-se, por exemlo, o comportamento social de algumas espécies que nos periodos de baixas temperaturas se encostam uns aos outros, no caso dos pinguins.



Caso Humano
No homem (ser endotérmico e homeotérmico), a temperatura é regulada, em circunstâncias normais, para cerca de 37 °C.
Quando se verifica um aumento de temperatura no exterior, o corpo humano, através de mecanismos homeostáticos de termorregulação, diminui a temperatura corporal por processos como a vasodilatação (os capilares aproximam-se da superfície cutânea, havendo uma transferência de energia para o exterior) e a produção de suor, que evapora, diminuindo a temperatura ao nível da pele. Dá-se, assim, um feedback/retroacção negativa (resposta interna que contraria a oscilação externa).
Quando a temperatura externa diminui (factor perturbador que induz um estímulo que é conduzido por vias aferentes ao centro coordenador/integrador - complexo hipotálamo-hipófise), o centro coordenador envia, então, uma mensagem nervosa por vias eferentes (nervos motores) de modo a ocorrer vasoconstrição e contracção muscular (induz maior taxa de processos catabólicos, como a respiração aeróbia, que aumentam o calor metabólico).

A termorregulação dá-se através de mensagens nervosas (ao contrário da osmorregulação que requer comunicação hormonal).

O processo apresentado relativo ao ser humano ocorre igualmente em várias espécies (principalmente mamíferos e aves, como foi referido).

-> Osmorregulação
Osmorregulação é a capacidade que alguns animais possuem em manter a pressão osmótica constante independentemente da do meio externo, dentro de uma determinada faixa de variação.



A maioria dos invertebrados marinhos possui fluidos corpóreos com a mesma pressão osmótica que a água do mar; são isosmóticos em relação ao meio em que vivem. Qdo uma alteração na concentração do meio, um animal pode reagir de 2 maneiras. A primeira é alterar a concentração osmótica dos fluidos corpóreos para adaptar-se ao meio, permanecendo, dessa forma, isosmótico em relação ao meio – tal animal é considerado um osmoconformador. A outra maneira, é manter ou regular sua concentração osmótica apesar das alterações na concentração externa – tal animal é denominado osmorregulador. Por ex, um caranguejo marinho que mantém uma alta concentração salina de seus fluídos corpóreos, após ser transferido para águas salobras diluídas, é um osmorregulador típico.

Os animais de água doce possuem fluídos corpóreos que são osmoticamente mais concentrados que o meio; esses animais são hiperosmóticos. Se um animal apresenta uma concentração osmótica inferior ao meio, como o peixe teleósteo marinho, é considerado hiposmótico. Em água do mar normal, à concentração máxima, são hipotônicos (isto é, seus fluídos corpóreos são osmoticamente mais diluídos que o meio), o que requer osmorregulação ativa.

Alguns animais aquáticos conseguem tolerar grande variações na concentração salina da água na qual vivem; são denominados eurialinos. Outros animais apresentam uma tolerância limitada as variações na concentração do meio; são denominados estenoalinos. Um animal que consegue sobreviver em água salobra é eurialino. Um animal extremamente eurialino pode ser capaz de tolerar períodos mais curtos ou mais longos em água doce. O termo eurialino é usado tb para animais de água doce que conseguem suportar aumentos consideráveis no conteúdo salino da água. Um organismo estenoalino, marinho ou de água doce, consegue suportar somente uma pequena variação na concentração salina da água onde vive.

Um animal que viva num ambiente de água doce tem fluidos corporais hipertónicos - isto é, tem tendência a receber água, que passa, por osmose, do meio onde está mergulhado para o seu interior. Se não houvesse alguma estratégia de regulação, o animal tenderia a inchar. Assim, estes animais (por exemplo, rãs e peixes de rio) fazem face a este fenómeno não bebendo água e eliminando grandes quantidades de urina muito diluída (tendo, por isso, glomérulos de grandes dimensões nos rins).

Um animal que viva num ambiente de água salgada terá de processar a sua osmorregulação no sentido inverso. Como os seus fluidos corporais são hipotónicos em relação à água do mar (isto é, com uma menor concentração de sais), a água tem tendência a sair naturalmente dos seus corpos, por osmose, o que provocaria a sua morte por desidratação, caso não houvesse alguma forma de regular este processo. Assim, o animal tem glomérulos de pequenas dimensões, de forma a produzir urina isotónica (com o mesmo grau de concentração de sais) em relação à água do mar. Para compensar esta perda de água através da urina, estes animais bebem grandes quantidades de água. Note-se que, pelo senso comum, pareceria mais lógico que fossem os peixes de água doce os que beberiam água - efectivamente, são os de água salgada que o fazem. Mas a água do mar apresenta elevada concentração de sais, o que poderia acarretar uma elevação na concentração plasmática do animal. Para contornar o problema, os peixes de água salgada possuem células especializadas nas suas brânquias, capazes de eliminar o excesso de sais por transporte ativo. Tal estratégia contribui para manter constante a concentração interna.